sexta-feira, 28 de janeiro de 2011




Rafael Picciani: Corrente permanente

Deputado estadual

Rio - O drama das famílias que perderam parentes, amigos e tudo o que tinham mostrou que, apesar de o brasileiro ser um dos povos que menos doam tempo e dinheiro para ações altruístas — ocupamos a 76ª posição entre 153 países, segundo pesquisa da Charities Aid Foundation e do Instituto Gallup — nós temos, sim, a capacidade de nos emocionar e, principalmente, de nos mobilizar.

A tragédia da Região Serrana revelou ao mundo uma legião de voluntários cujo único objetivo era ajudar a quem mais precisava. Confesso que fiquei comovido e orgulhoso em ver, sobretudo jovens como eu, colaborando para garantir um pouco a quem perdeu tudo.

Só na Cruz Vermelha foram quase dois mil voluntários que trabalharam dia e noite para fazer com que a ajuda chegasse o mais rapidamente possível aos desabrigados. A Juventude do PMDB estadual, da qual faço parte, mobilizou mais de 100 voluntários que se dispuseram a pegar donativos onde quer que fosse. O voluntariado jovem trocou férias para dedicar o mais nobre dos sentimentos: o amor ao próximo.

A solidariedade veio de todos os lugares do Brasil, em variados gestos, dos mais grandiosos aos mais modestos. Condomínios, supermercados, shoppings, padarias, pet-shops, gente humilde repartindo o pouco que tem, uma enorme corrente de colaboração se estendeu às mais de 20 mil vítimas das chuvas na Serra. Os pedidos ecoavam nas ondas de rádio, TV e na Internet.

O voluntariado pode ser exercido de várias formas e de modo permanente: na escola perto de casa, nas comunidades, nos asilos, orfanatos e bancos de sangue, em gestos simples de respeito às pessoas e à natureza. Que não sejam necessárias novas tragédias para que esse nobre sentimento ressurja em nossos corações.


Fonte: http://odia.terra.com.br/portal/opiniao/html/2011/1/rafael_picciani_corrente_permanente_140512.html

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